INTRODUÇÃO

 

A Universidade Federal de Viçosa, com o apoio da Fundação Rockefeller, criou no ano de 1966 o Banco de Germoplasma de Hortaliças (BGH – UFV), com a finalidade de resgatar espécies nativas ou introduzidas, preservar, documentar e manter intercâmbio de germoplasma entre as diversas regiões do Brasil. Para tanto os recursos armazenados, mediante coleta ou doação são caracterizados, avaliados e colocados à disposição da comunidade científica nacional.
Atualmente o BGH – UFV possue em seu acervo mais de 7000 subamostras de hortaliças que foram coletados em diversas partes do país e também recebidos como doação de mais de 100 países. Prioritariamente são armazenados no BGH – UFV: antigas variedades, seleções feitas por agricultores, formas variantes das espécies cultivadas e espécies silvestres dos gêneros de interesse para a olericultura nacional. Amostras do material propagativo das plantas adquiridas por coleta ou doação são registrados, mediante a codificação BGH seguido de um número seqüencial (Ex.: BGH – 24). Uma vez registrados os materiais propagativos recebem a denominação de acessos. Os acessos estão organizados em famílias cujas principais representadas no BGH - UFV são: Solanáceas (44,21%), Leguminosas (16,83%) e Cucurbitáceas (15,70%). Dentro de cada família as coleções são separadas por espécie. Estão registradas 106 espécies de hortaliças, dentre estas mais de 30 espécies possuem considerável acervo genético.
Quando se pensa em contribuição genética de germoplasma a partir de um banco deve-se pensar na possibilidade de obtenção de genes interesse e não de genótipos de plantas que por si só ofereçam vantagens comparativas em relação às variedades atualmente cultivadas. Estes genes podem estar relacionados à resistência a doenças, pragas, bem como a adaptação a ambientes limitantes para o desenvolvimento das culturas, tais como: regiões com baixo teor de fósforo, alto alumínio etc. Por estas razões os recursos genéticos armazenados no Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV são considerados estratégicos para o país, por representarem parte considerável diversidade genética das hortaliças cultivas em nosso país. Cabendo ao Brasil preservar, caracterizar, avaliar e disponibilizar estes genes para a comunidade científica nacional e assim reduzir a erosão genética e ampliar a capacidade de sustentabilidade da agricultura nacional.
A Universidade Federal de Viçosa como mantenedora do BGH – UFV se resguarda o direito de intercambiar recursos genéticos de seu acervo com instituições de pesquisa de caráter privado ou público. Para tanto, os interessados devem entrar em contato com o curador do BGH – UFV, Prof. Derly José Henriques da Silva, mediante o e-mail derly@ufv.br


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